Ainda há pouco material voltado para o tema segurança em eventos. Pensando nisso, o colega e consultor em segurança em eventos Igor Pí­colo, junto a especialistas daa Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc Brasil) e com o apoio da Porto Seguro Seguros, elaborou umaa Cartilha Evento Seguro.a 

A Cartilha será lançadaa no dia 8 de novembro, durante o Salão MICE Abeoc Brasil, no Festival de Turismo de Gramado (Festuris), e será distribuí­da gratuitamente por meio fí­sico e digital. Em breve, livro sobre o mesmo tema escrito pela autora e professoraa Andrea Nakane vem para auxiliar o setor.

Na minha humilde visão, a segurança é um tema pouco debatido e, no entanto, fundamental. O descontentamento social diante da violência urbana é grande e, por isso, é importantã­ssimo que nosso convidado – o participante – sinta-se acolhido não só durante, mas antes e depois do evento. í‰ um princí­pio de hospitalidade e uma prova de bom senso, afinal, o motivo de seu deslocamento é o nosso convite.

Elenquei algumas medidas preventivas relacionadas í s fases antes, durante e depois dos eventos que podem ajudar a garantir a eficácia da segurança:

  • Identificação
    Eventos realizados em hotéis dispõem de múltiplos compartimentos e ambientes. Com o aumento de circulação e a vistoria mais flexí­vel, deve-se orientar o capitão-porteiro, os mensageiros e seguranças a abordar quem está chegando a fim de descobrir a qual local ele está se dirigindo ou criar um mecanismo de triagem que evite aglomerações dentro do espaço. Exemplo: em épocas de manifestações e Copa, muitos hotéis deram pulseiras de identificação para seus hóspedes,a facilitando a entrada em horário de pico e evitando tumultos.
  • Famosos
    Celebridades costumam chamar a atenção de fãs e, em alguns casos, de inimigos também. Prepare sua rotina e sua equipe para check in diferenciado, atribua nomes fantasia, rotas de fuga, andares e elevadores reservados, descubra quais são os horários de saí­da e chegada do famoso, reserve vagas – enfim, todo o possí­vel para evitar o furor de tietes ou situações de risco geradas pelo público descontente.Cuidado com a imprensa:a eles querem pauta e a melhor cobertura (e vão fazer de tudo para consegui-la!).Algumas personalidades são conhecidas por polêmicas em estabelecimentos privados. Exemplos não faltam, como os atletas da seleção espanhola, durante a Copa das Confederações em Fortaleza, que tentaram entrar no hotel com prostitutas e, tendo o pedido negado, quebraram e lançaram objetos pela janela. Para evitar prejuí­zo em situações que fogem ao padrão de regras do estabelecimento, preveja esse tipo de situação na hora de fazer o contrato.
  • Infraestrutura
    Mapas, Circuito Fechado de Monitoramento por TV (CFVT), regras para o posicionamento dos guarda-costas que atuam para o(s) VIPs, mas não são funcionários do espaço (muitos cerimoniais de famosos seguem í  risca os procedimentos de entradas, saí­das e contingência, o que deve estar alinhado com o local).
  • Staff
    í‰ importante treinar a equipe e alertá-la sobre a importã¢ncia do bem servir e da discrição, evitando roubos, papparazzi e confusões. Momentos de distração pedindo autógrafos ou fotos com famosos podem ser a deixa para que ladrões, a imprensa ou fãs entrem no espaço inadvertidamente. O gestor do evento, do hotel, o segurança particular e a polí­cia devem se responsabilizar para que esse tipo de situação não ocorra.
  • Atividades de inteligência
    Steward é o Chefe de Segurança dos estádios, que zela pela ordem e fluxo das pessoas no espaço. a Responsáveis pelo trí¢nsito são a Polí­cia Rodoviária e a CET, os órgãos que organizam e gerenciam rotas/fluxos. Durante a Copa, a Secretaria Extraordinária de Segurança em Grandes Eventos (SESGE) promoverá a integração, a organização e a interoperabilidadea entrea Polí­cia Federal, da Polí­cia Rodoviária Federal, da Força Nacional de Segurança Pública e da Receita Federal, bem como articulará com o Ministério da Defesa a participação das Forças Armadas em questões especí­ficas.
  • Tecnologia
    Softwares, integração de sistemas, QR Code, código de barras, reconhecimento facial em estádios: algumas das possibilidades para facilitar e agilizar a venda e checagem de ingressos e de identidade.

 

Para quem quer se informar um pouco mais sobre o assunto, fica a sugestão dea infográfico que mostra o modelo básico do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC)a feito pela Folha de São Paulo.

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