Com a chegada desses quatro dias de pique antes da quaresma, perí­odo de abstenção da carne e de outras “tentações”, o Dica Evento fez algumas considerações sobre a história por trás do Carnaval. Confira:

  • Os bailes da máscaras, também conhecidos como bailes í  fantasia, foram os precursores do Carnaval moderno no Brasil. O costume de usar esses trajes surgiu em Veneza, no século XV, uma época de enorme atrito polí­tico. Com eles, a nobreza se disfarçava e se misturava ao povo sem medo de ser identificada.
  • Na primeira metade do século XIX, para fazer frente ao conjunto de brincadeiras conhecido como entrudo, os bailes marcaram a adesão da nova burguesia capitalista í  folia e a incorporação ao Carnaval brasileiro do luxo e sofisticação caracterí­sticos das festas de Paris. (Ferreira, 2005a, 2005b)
  • Os primeiros bailes carnavalescos no Brasil aconteceram no Rio de Janeiro, no final de 1830. Só era permitida a entrada de duques, rainhas, princesas, prí­ncipes, condes, condensas, duquesas, etc – era um evento voltado para a alta burguesia. Eles aconteciam nos hotéis, em clubes requintados, no jockey e em festas domiciliares organizadas por socialites. Entre as atrações, concursos de fantasias e matinês aos domingos se destacavam. Já no Carnaval popular, as máscaras foram surgindo aos poucos, tendo como principal caracterí­stica o humor. Boa parte delas fazia referência a pessoas famosas ou da polí­tica, costume que se mantém até hoje.
  • Mesmo hoje, o Carnaval continua sendo realizado em clubes e associações, principalmente em cidades do interior que tematizam a decoração e mantêm a tradição dos shows ao vivo, em festas voltadas para idosos, principalmente. Hotéis também organizam o evento, mas a programação costuma ter como público-alvo celebridades (como é o caso do Baile dos Artistas, que acontece no Rio de Janeiro, na Bahia e no Recife) e homossexuais (por exemplo, o Gala Gay, baile GLS que ocorria no antigo Scala Rio, durante a Terça-Feira Gorda, conhecido por ter o mais famoso concurso de fantasia de luxo).
  • Uma estratégia que as marcas empreenderam para ativar seus patrocí­nios e gerar o interesse da mí­dia é realizar festas carnavalescas antes do feriado propriamente dito – uma espécie de warm up ou “esquenta”, como dizem.

Esses eventos certamente ajudam a manter a tradição viva, independentemente de a comemoração ser ou não adaptada a um segundo contexto. Importante mesmo é a folia, que deve fazer parte de toda e qualquer festa carnavalesca.

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