Estive na 4.a edição brasileira do Rock in Rio no dia 1.o de Outubro e foi demais. Já estive em outras edições, mas nesta fui com uma forte visão de eventos, logística e muito aprendizado e orgulho desse produto brasileiro e compartilho algumas informações e observações.
Primeiro é bom saber que um produto genuinamente brasileiro é reconhecido e é sucesso no mundo todo. O Sr. Medina foi ousado ao, na década de 1980, criar um produto para a Malt90 – cerveja que tinha um viés mais jovem e que por isso o seu lançamento tinha que ter algo diferente -. Um Festival que traz números incríveis e hoje é mais que Rock, e mais queRio, é uma marca que pode ir a qualquer lugar. Veja só:
- No youtube, o Festival foi visto em 200 países;
- Média 100.000 pessoas por dia (serão 85.000 pessoas em 2013, para que todos tenham mais conforto). 700.000 pessoa no geral – para comparação, quando Queen cantou Love of My Life em 1985 eram 250 mil pessoas;
- A Praça de alimentação tinham 08 tipos de fornecedores, o Boba´s atendeu 350 mil pessoas e bateu o recorde mundial de venda de hambúrgueres no sábado 1.o de Outubro, quando foram consumidos 79 mil sanduíches;
- 07 dias de shows e cerca de 160 atrações musiciais (críticas severas as convidadas do Axé) e 98 horas de música.
- No primeiro final de semana, chamou atenção a falta de segurança, com 600 ocorrências, e 01 furto de equipamento na sala de imprensa. Para conter isso a organização aumentou em 15% a segurança;
- Um evento que teve versões na Espanha e Portugal repetidas, já computa 5 milhões de pessoas no público total, e 656 bandas e artistas.
Além disso, diversas ações promocionais e ativações de patrocínio, como o chiclete Trident (só a embalagem, pq o sabor era igual ao de sempre), o óculos do Itaú – estava em muitas fotos da galera; o cartão da Kodak, onde você deveria tirar foto em 4 pontos com o fotógrafo da empresa e ganhava uma foto impressa no stand deles, além de merchandising prórios como bottoms (o mais barato da lojinha – R$ 15,00 cada 04 unidadse), pendrive/guitarra (R$ 60,00), copo, bolsa, camiseta, etc;
Com isso tudo os patrocinadores estavam sorrindo, depois de investirem R$ 55 milhões, e trouxeram ações bem bacanas.
Por exemplo, a Coca-Cola fez um camarote sustentável, com 1,6 mil engradados de garrafa PET. A marca também criou um bar erguido com 33 mil tampinhas de refrigerantes;
Já a patrocinadora oficial Volkswagen premiou o vencedor de um quiz com um Fox Rock in Rio 0km. A iniciativa faz parte da ação “Encontre seu Par”, em que promotores distribuirão camisetas com diversas estampas pela platéia, como roda de Fusca e disco de vinil.
Os contemplados precisarão encontrar a pessoa com a camiseta igual e a dupla devia seguir para a Garagem do Rock, o stand da marca no festival, para participar do quiz. Quem acertasse o maior número de questões em menos tempo ganhava o carro.
Sobre a logística, foi preciso um final de semana para o alinhamento, em especial com a segurança, onde haviam muitos efetivos de segurança, pouca polícia e sabemos a limitação da segurança privada, os casos de arrastões do primeiro final de semana serviram de alerta e 30 “manés” tentaram invadir o festival no último dia e foram coibidos com gás pimenta pelos policiais.
O fluxo intenso é óbvio, pois não dá pra não ter fila no í´nibus, no banheiro, na praça de alimentação, mas tudo efetivamente funcionava, com atendentes que sabiam as informações e estavam o tempo ao dispor. Não vi indicação de reciclagem, mas espero que tenham feito.
Fiquei feliz de ver várias gerações de Vovó a netinho, de turmas, de gente que queria curtir a “Disney” musical brasileira.
Valeu! E muito.
“Ohoh Oh oh OhOh Rock in Rio!”
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