No dia 28 de Março aconteceu um encontro sobre Marketing Esportivo na AMCHAM – Cí¢mera de Comércio América, abordando oportunidades deste segmento, que cresce acelerado no Brasil.
Estiveram por lá Clarisse Cleyton, professora da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing); Carlos Galvão, do Grupo Latin Sports; e Marcelo Pacheco, diretor de Marketing do canal de TV ESPN. A platéia, bastante eclética, formada por advogados, empresas de seguro, representantes de multinacionais, agências de eventos esportivos e professores.
Resumoa Debate Marketing Esportivo na AMCHAM
Vamos a um resumo, com alguns pontos de destaque do papo:
Clarice destacou que as pessoas estão acompanhando e praticando mais atividades físicas, e que isso muda bastante o o mercado e também trouxe números que mostram que o fato de recebermos a Copa do Mundo em 2014 já gerou R$ 16,4 bilhões de investimentos entre 2010/2011. Além disso, trouxe como evidência do crescimento e amadurecimento do mercado o grande número de agências de Marketing Esportivo, que também registra diversas fusões e associções e a entrada de capital estrangeiro.
A professora também comentou que no mix de marketing, ao entrar o esporte podemos acrescentar um novo P ao tradicional esquema 4Ps do marketing: Paixão. Que se liga a bens tangíveis, serviços intangiveis e sensações memoráveis. E por isso a associação com esporte pelas marcas é muito forte. Meu comentário a respeito é que as empresas e marcas devem tomar o devido cuidado com contexto: não é qualquer marca que deve se associar a eventos esportivos.
Já Carlos Galvão, que participou de vários Iron Man, traz dados do vertiginoso crescimento das corridas no Brasil: em 2004 haviam 110.000 federados em atletismo e em 8 anos passou a contar com mais de 800.000. Com isso, cresceram as oportunidades, que junto – infelizmente – também trouxeram muito amadorismo e inflaram o segmento – que conta com mais de um prova por final de semana. Alerta especialmente para a necessidade de um cuidado muito grande com segurança do setor
Marcelo Pacheco trouxe a visão de como um veículo de comunicação se posiciona. Nesse sentido, afirma, a ESPN segue ocm sua missão de servir fãs em qualquer momento e lugar, através de todos os tipos de mídias, com o cuidado de oferecer uma abordagem diferente e manter intacto o critério de credibilidade e isenção no jornalismo, sem se “amarrar” a ninguém.
Também foi citado – com uma boa dose de crítica – um dossiê feito pelo esportista Lars Grael na época do Pan no Rio, mostrando que durante a inspeção pela ODEPA, foi constatado que a piscina tinha apenas 49.5m – e o conserto para o tamanho oficial foi maior que o preço da piscina. Pergunto: falta de profissionalismo ou apenas de vergonhaa mesmo?
No final, todos se mostraram preocupados com os mega eventos que chegarão ao Brasil nos próximos anos, pois ainda precisamos qualificar – e muito – profissionais, cobrar mais transparência e eficiência, perceber oportunidades e traçar metas de futuro, senão não haverá legado ao país, sob nenhum ótica, trazendo apenas prejuízo ao Brasil.
Vamos ficar atentos para que isto não ocorra!