Eventos educativos como congressos, seminários e fóruns costumavam ser grandiosos, organizados por entidades tradicionais e que representavam as novidades no universo pedagógico. Hoje, com a pulverização da informação, os encontros cientãficos ainda primam pela inovação, mas não necessariamente obtêm o ineditismo, já que os teasers na imprensa (com destaque para as revistas e portais de internet) acabam quebrando os “furos”, isto é, a exclusividade que antes identificava esses eventos.
Outro aspecto a ser considerado é que muitos encontros educativos se uniram a feiras comerciais do mesmo segmento, reforçando o mercado em questão. Ou, ainda, as próprias feiras criaram seus congressos para aproveitar a vinda de profissionais da área, nacionais e estrangeiros.
Informar, ensinar, padronizar, certificar e atualizar é o objetivo desses eventos. Nesse sentido, a programação encontra mais apoio no formato: boas salas, palestrantes didáticosa ea sessões de pergunta-e-resposta são algumas das ferramentas mais utilizadas. Outras linguagens, no entanto, estão aparecendo.
Esse é o caso do TED, que virou tendência depois de trazer nomes consagrados contando sua experiência em 18 minutos, sem muita cenografia, com pouco power point e sem hall de perguntas, mas com muita criatividade.
Outras opções para vocês pesquisarem são as seguintes: Appreciative Inquiry, Birds of a Feather, Code Camp, Dotmocracy, FooCamp, Knowledge Cafe, Lightning Talks, Nominal Group Technique, Multi-voting, Open Space Technology, Speed Geeking, World Cafe, Fish Bowl, Barcamp e Pecha Kucha. Esse último surgiu no Japão, significa bate-papo na língua oriental e funciona assim: o apresentador mostra 20 imagens de 20 segundos cada, para um tempo total de seis minutos e quarenta segundos sobre um tema a ser discutido. Eu já usei em sala de aula e posso afirmar que dá foco total para o speaker e atrai bastante a atenção dos ouvintes.
Enfim, o que não faltam são adaptações para extrair melhores resultados de palestras. Como dicas, sugiro enviar as perguntas para o palestrante enviadas antes do evento, para que ele inclua as respostas em sua fala, ou montar um webchat com o palestrante após conferência a fim de contemplar as perguntas que não foram respondidas durante o encontro.
Importante mesmo é que o participante se sinta ativo e que momentos de enriquecimento sejam cada vez mais tangíveis.