Estive no Salão do Turismo, semana passada, e, além da alegria de rever amigos do trade e a cultura de nosso país, fica claro a tendência de roteiros experienciais (onde vivencia-se a cultura do local visitado na prática: costurando, bordando, pescando, ajudando em atividades corriqueiras, etc) e os cases relacionados aos 02 grandes eventos esportes que o Brasil será sede nos próximos anos: Olimpíadas e Copa do Mundo.
Em algumas palestras que ouvi, algumas informações merecem destaques:
- Na ífrica do sul haverá 20.000 jornalistas cadastrados, isso quer dizer que no Brasil este número vai aumentar, praticamente um evento í parte;
- Temos que aproveitar para aprender com os outros que já fizeram ações silimares e os Ministérios de Turismo e Esportes têm mandado muita gente para inspeções e parcerias, no chamado Projeto Observadores;
- O Brasil está com a Casa Brasil na ífrica do Sul. Um estande de 3000 metros quadrados para ações de relacionamento, vídeo e livro mostrando as 12 cidades-sede.
- As cidades do entorno do local-sede devem se preparar para possível local para pre-temporada.
- Assisti ao Case Portugal da UEFA-2004, mostrado por Antã´nio Padeira – responsável pelo plano anual de turismo de Portugal. Eles trabalharam com voluntários junto ao Ministério da Juventude e em ações especificas com jornalistas. Portugal conseguiu um retorno de mídia na casa dos € 80 milhões em 06 meses, durante e após o evento. Preparou primeiro os profissionais relacionados diretamente (com vídeo publicitário), depois a populaçao de Portugal e depois a da Europa.
- A Olimpíada é em uma cidade só e a maior parte dos turistas se interessam por certas modalidades, que se concentram num período. Isto permite que o restante do tempo possa ser gasto conhecendo outros destinos, desde que o interesse seja despertado.
Os estádios da Copa 2010
Há 10 anos estive na ífrica e batendo um papo com antigos colegas e amigos, consegui um resumo de opiniões sobre os estádios da Copa:
- Moses Mabhida Stadium: tem um arco acessível por teleférico e tem uso programado para futebol, rugby e atletismo, com flexibilidade no número de assentos. Reaproveita 70% da água, mas é “longe de tudo”;
- Soccer City Stadium: estádio de abertura e encerramento, está em Johnnesburg (no bairro Soweto). Sua fachada é parecida com as cerí¢micas africanas, uso somente para futebol. Portanto sua sustentabilidade econí´mica ficara bem difícil, custou U$ 440 milhoes e comporta 94.780 pax. Apelidado de caldeirão, demonstra grandiosidade para o evento, mas tende a não se sustentar depois da Copa.
- Nelson Mandela Stadium: um dos menores (48.000 pax) ea apelidado de Sunflower, pois parece um girassol, flor comum nas estradas da ífrica. í‰ perto de uma lagoa, capta água da chuva, mas não tem nenhum time que utilizará o equipamento depois;
Cabe salientar que cuidar de questões ambientais, de utilização posterior, de acesso, ter um visual que não agrida o entorno e de utilização de materiais nacionais são fundamentais para um bom evento.
Espero que o Brasil esteja atento não só aos resultados do placar, mas aos aprendizados que a Copa da ífrica possa trazer para o mercado esportivo, de eventos e turismo.