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Eventos e destinos turí­sticos

Publicado em 8a de outubroa de 2014

A concorrência para receber um evento internacional costuma ser grande, já que os eventos são ótimas fontes de captação de recursos. Pensando nisso, resolvi dar algumas sugestões para facilitar a sua admissão no processo seletivo.

Antes de tudo, você precisa verificar se tem os requisitos básicos para a candidatura e um bidbook (caderno de intenções) com todas as informações sobre infraestrutura e financiamento listadas, explicando qual o envolvimento que a sua cidade terá com o evento.a Porque uma coisa é certa: ainda que a cidade não tenha influência direta sobre o evento que você vai receber,a um bom cartão-postala pode fazer a diferença na hora de chamar a atenção do patrocinador. Se a Prefeitura propora uma programação bacana para o momento em que você planeja que ocorra o seu evento, então, é melhor ainda, porque aumentam as chances de que os convidados do seu evento retornem posteriormente com uma boa impressão do local onde foram recebidos – fora o impacto positivo nas mí­dias sociais, é claro.

Para vocês terem uma ideia do quão importante é esse planejamento: hoje, pesquisas com participantes de megaeventos apontam quea mais de 60% têm interesse em retornar em outro momento se a vivência é positiva. Com essa estatã­stica em mente, os organizadores vão em busca de destinos que tenham como atrativos:

  • Um patrimí´nio da humanidade:a é o caso do Desfiles na Jordí¢nia, X Games nas Cataratas e Jantar de Encerramento no Louvre;
  • Uma gastronomia chique ou peculiar: é claro que você pode contratar um grande chefe em qualquer evento, mas vamos combinar que contratar um talento local, que produzaa uma iguaria impossí­vel de ser degustada em outro lugar do mundo,a é muito mais empolgante;
  • Peculiaridades locais: pode ser a religião (templos, gurus e práticas diferentes) ou a forma de economia local (charutos, doces, vinhos, cachaça, etc.), que atraem não só visitas mas o consumo desses itens;
  • Projetos sociais: você pode prestar auxí­lio a muitas Organizações Não Governamentais (ONG’s) inserindo-as como parte da programação dos eventos. Como? Vendendoa artesanatos e bijouterias, assim como a arte de grupos folclóricosa que podem realizar performances para o público (um ótimo de jeito de fazer com que os participantes conheçam o trabalho da ONG e queiram contribuir para o andamento de suas atividades);

Exemplos assima ajudam a fazer com que seu evento seja único. Nesse quesito, o Brasil tem feito a lição de casa direitinho: fico feliz de saber quea os grandes centros urbanos não têm só recebido, mas também criado e aperfeiçoado seus eventos a fim de agregar um volume cada vez maior de pessoas. E o mesmo começa a acontecer em cidades como Gramado, Campina Grande, Salinas e Paranapiacaba, que recebem Natais, Festas Juninas, Festivais Mundiais da Cachaça e de Inverno que são de encher os olhos!


Cá entre nós

Publicado em 6a de outubroa de 2014

Muita gente acreditaa que o sucesso de um curso, palestra ou casa de cultura depende de uma grande audiênciaa paraa suas respectivasa atrações. De fato, aa adesão do público é importante para custeara as despesas desse tipo de evento, masa a regraa “quanto mais, melhor”a não faz jus a todos os casos. Digo isso pensando na Casa das Garças (RJ) e naa Casa Ibiá (SP), que reúnem um nicho pequenoa e nem por isso menos importante.

Pelo contrário: a Casa das Garçasa é ponto de encontro de alguns dos economistas e banqueiros mais influentes e poderosos do Brasil, que se reúnem lá para tomar cerveja, fazer planejamentos, trocar ideias e propor soluções para os problemas do paí­s. O objetivo dos sócios que mantém essa mansão (são 16, no total) desde 2003a é criar um espaço neutro, sem interferência acadêmica, empresarial ou polí­tica. Para cumprir essa meta é que cada um deles paga R$ 30 mil de anuidade. dinheiro que é revertido no pagamento de convidados especiais e em estudos e pesquisas na área de finanças. Uma proposta digna, não?

Em São Paulo, foi aberta uma versão desse projeto no Jardim Paulistano, onde fica a Casa Ibiá – sede doa Centro de Debate de Polí­ticas Públicas (CDPP). “A arquitetura, a discrição dos integrantes e a linha de pensamento dos economistas faz com que o lugar se assemelhe í  Casa das Garças”, diz um artigo da Folha de S. Paulo, que diz que o empresário Marcos Lederman e seus associados têm a intenção de que o lugar seja apartidário (a Casa das Garças acabou ganhando o rótulo de “ninho tucano”). Será que essa é uma prerrogativa possí­vel?

Outra opção para quem se interessa por discussões desse gênero são os Centros Acadêmicos (CA’s) das faculdades, mas elesa atraem pessoas mais jovens do que sociedades como as que eu descrevi acima, com propostas mais sênior e eventos de grande estrutura, geralmente secretos. Falando nisso, vale lembrar que a organização de uma produção “em off”a dá um trabalhão: reduzir ao máximo a quantidade de fornecedores e staff para evitar quea o projetoa extrapole a esfera dos participantes nem sempre é suficiente (a maçonaria que o diga!).

Quem busca uma referência nessa área deve procurar mais informações sobre oa Peterson Institute for International Economy, que já não é mais tão restrito, mas começou assim e hoje é super importante. O que isso mostra? Que a superexposição não diz tudo. Mesmo um evento discreto pode ser muito eficaz, basta entender suas necessidades e abordagens.

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