O artigo abaixo foi publicado originalmente no site da ABEOC – Associação Brasileira de Empresas de Eventos, na edição 2 do Momento ABEOC.

Um Oceano de Oportunidades em Eventos

Desta vez vamos falar de eventos, e sua utilização pelas marcas durante o verão, e quem me ajuda com este tema é o Fernando Moreira Silva, da Atrium Eventos-Santos, associado ABEOC e um desbravador em eventos sociais e corporativos na Baixada Santista.

Facilmente pensamos que os Eventos atuam como ponto de contato das marcas com os seus consumidores e prospects, mas a cultura do “patrocí­nio do banner” – onde somente o logotipo figura na divulgação – já está defasada e pouco acrescenta tanto para o evento quanto para a empresa patrocinadora. í‰ preciso estar presente efetivamente e no DNA do evento. No verão então, a disputa pelos olhares e desejos de consumidor fica acirrada entre as empresas e todas querem a mesma coisa: Destacar sua marca, associarem-se a conceitos, tornaram-se simpáticas, diferenciadas e preteridas.

O que fazer então?

Estar presente em seus momentos de lazer vem sendo uma possibilidade interessante, pois sabemos que ao estarmos descontraí­dos, estamos mais abertos as informações, experimentações e retenção de lembranças positivas, o consumo é uma conseqí¼ência.

Os eventos auxiliam, desde as festas de final de ano, que muitas vezes atuam não só para coroar um ano que passou, mas para imprimir a atmosfera corporativa que se quer para o próximo ano; assim como as atividades de entretenimento em centros turí­sticos de temporada que atuam como atrativo para os visitantes e um ambiente descontraí­do e de percepção de serviços e produtos de forma especial e mais suave.

O verão deixa as pessoas mais despojadas e ávidas por atividades menos rotineiras, por isso: concursos, atividade fí­sica, esportes, música, competições recreativas, desafios, shows, abordagens patrocinadas atuam para distrair os que procuram distã¢ncia da rotina do trabalho.

Imagine então, estar em um cruzeiro, onde eu “confino” as pessoas num espaço e tenho um pouco mais de domí­nio sobre passageiros e vários dias seguidos – um ambiente perfeito.

Os navios começaram a se tornar realidade no Brasil, nos últimos anos, em pensar que em 2009 tivemos 18 transatlí¢nticos pelo nosso litoral, fora os cruzeiros, e a perspectiva é de 900.000 passageiros, mais de 40 návios em 2011 passando pela orla brasileira. Estes resorts flutuantes, tem sido utilizado para contactar públicos e para serem utilizados como ambientes de ações de relacionamento e incentivo; Fernando tem circulado nesta área e destaca alguns pontos, pois os cruzeiros estão bem mais acessí­veis para o público brasileiro com valores e roteiros diversos. A realização de eventos em navios traz a benefí­cios as marcas, como a idéia de confinamento saudável dos participantes e o custo financeiro menor que nos hotéis, principalmente comparando com os Resorts, pois no Cruzeiro está incluso a sala/auditório sem custo adicional, equipe de recreação, shows noturnos e todas as refeições, dependendo do cruzeiro até bebidas, a não necessidade de traslados durante o evento, utilização do staff deles para trabalhar em determinadas atividades a e oportunidade de utilização de todos os espaços do navio para divulgação da marca do cliente ou de um congresso cientã­fico, torna-se muito proveitosa.

Mas cabe ressaltar que eventos em navios tem suas particularidades, Fernando dá algumas dicas de logí­stica eficaz:

Fazer uma visita técnica com antecedência para conhecer toda a planta do navio ea  áreas de acesso, pois muitas vezes o material a ser embarcado deverá ser via guindaste por não passar pelas portas do navio;
Fazer pelo menos um cruzeiro antecedendo o evento para poder fazer reuniões mais detalhadas com os oficiais que ficarão responsáveis por cada departamento. Destaco aqui que a equipe dos navios são multiculturais e as pessoas tem estilos muito peculiares de envolvimento em eventos, não é somente uma questão de lí­nguas e sim de culturalismos;

Preparação de documentação para embarque de todo o material de produção (carta relatando os produtos com acompanhamento de nota fiscal de produção ou de acompanhamento ) – esta documentação deverá ser apresentada ao despachante autorizado pela cia marí­tima para obtenção de autorização de embarque junto a Receita Federal. Quando o material tiver que ser retornado í  terra o mesmo procedimento deverá ser adotado pois de outra forma o material não poderá sair do navio (o Despachante irá cuidar do deslocamento do material do terminal de bagagens até o navio), não tente economizar e tenha a consultoria de um despachante aduaneiro;
O material de produção deverá ser etiquetado com o seu destino a bordoa de preferência com o nome do oficial responsável como Diretor de Hotel , Diretor de Cruzeiro (please – fazer a etiqueta em inglês).

Produzir um Manual de Produção do evento (em inglês) contendo todo o detalhamento do projeto e imagem ilustrada de todos os materiais utilizados para a produção do evento – encaminhar cópia para o Diretor de Hotel , Diretor de Cruzeiros e Diretor de A&B – eles irão transmitir as informações a todo o staff do navio.

São dicas importantes, se considerarmos que o ambiente de navios, faz com que seu planejamento seja duplicado, pois temos uma limitação de acesso a insumos, comunicação e alternativas.

Temos hoje também os cruzeiros tematizados, seja para público single, LGBTS, universitário, entre outros; assim como os musicais com um verdadeiro desfile de artistas apresentado-se, além de atuarem como entretenimento provocam um interesse diferente com relação ao fã que quer estar ao lado de seu í­dolo. Roberto Carlos que o diga, essa estória de “palco flutuante” tem dado tanto certo que o Rei tem sido o artista que faz a viagem inaugural do Costa Cruzeiros. Outra possibilidade, são os cruzeiros fora do Brasil, que povoam o imaginário das pessoas: Ilhas Gregas, Cote D’Azur, mares italianos, etc.; quem não deseja ir; imagina a empresa que proporcionar isso?!

Navegar e fazer eventos bacanas, é preciso.

Bons Eventos !!!

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