Na semana passada, estive no 1aº Fórum de Gestão de Estádios e Arenas, que fazia parte da programação da feira Sport Infratech, voltada especialmente a esse mercado em ascensão no Brasil.

Todos os participantes defenderam a liberação da venda de bebida alcoolica nos estádios, o que motivaria as marcas de cerveja e de fast food a investirem nas arenas. Outra necessidade apontada é a profissionalização do mercado.

Se por um lado a feira deixou a desejar, por outro os convidados para o fórum foram muito bem escolhidos. Pena que houve pouco tempo para debate. Muita coisa interessante foi dita e mostrada, mas nem tudo cabe aqui no nosso espaço. Por isso, gostaria de falar dos pontos mais bacanas de alguns dos participantes do Fórum que me chamaram mais a atenção:

Mauricio Assumpção, Presidente do Botafogo
Assumpção falou sobre os desafios do seu clube de administrar o Estádio Olí­mpico João Havelange, conhecido como Engenhão. Segundo ele, o Botafogo saiu em busca de quem tinha experiência para gerenciar complexos como esse. A concorrência foi vencida pela Pepira, que administra shoppings centers. A medida fez com que o Engenhão, que em 2008 gerava R$ 612 milhões, fature anualmente R$ 3bi.

Fernando Ferreira, da Pluri Consultoria
A apresentação de Ferreira trouxe alguns números interessantes:
– 14,8 mil foi o público médio nas partidas do Brasileirão deste ano, mas existe uma perspectiva de aumento de 15% com a inauguração das novas arenas, que possuem uma infraestrutura mais atraente ao público;
– O Brasil tem 739 estádios, sendo que 61% estão sob gestão pública. O dado demonstra as muitas opções de espaços que podem ser explorados.

Danielle Seratore, Odebrecht Properties
A executiva destacou os pontos mais complicados em termos de gestão de uma arena espotiva, como segurança, conforto, qualidade de serviços, preços justos e otimização de custos. Danielle também ressaltou o peso que a infraestrutura precária do entorno dos estádios tem nas preocupações dos gestores.

Ricardo Araújo – Novas Arenas Consultoria
Para Araújo, o grande desafio é precificar os ingressos e garantir que o cliente seja respeitado. Isso porque o torcedor í s vezes se sente lesado por comprar uma entrada e, caso a partida seja cancelada, não receba o dinheiro de volta.

Eduardo Keniz Antonini, ex-vice-presidente e conselheiro do Grêmio
O gremista reforçou que é preciso focar na geração de receita, explicando que um estádio recebe, no máximo, 35 jogos por ano. Portanto, é preciso aproveitá-lo para outros eventos. Só assim é possí­vel pagar as contas e faturar. Haja gestão!

Maria Naicle, da XYZ
Com vasta experiência em organização de shows, a representante da empresa defende que administrações de estádios e empresas de entretenimento se unam para viabilizar o uso mais vantajoso do espaço. Para Maria, há uma demanda enorme do setor de espetáculos pelo uso de arenas esportivas.

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