1 minuto de silêncio seria muito pouco para as ví­timas da Maratona de Boston. Temos que refletir por horas, por dias, sobre o fato lamentável de bombas na chegada da 2.a maior maratona americana, que existe e acontece sem intervalo há 116 anos, mesmo durante guerras e foi criada comemorar a primeira batalha de independência dos EUA.

A organização, numa demonstração de seriedade já confirmou a próxima edição em 2014 e acredito será uma grande homenagem e defesa da democracia, pois não é fácil tomar esta decisão desde agora.

Falando em homenagem a grande maioria dos corredores da Maratona de Londres, acontecida poucos dias depois da de Boston, usaram um bracelete preto em memoria da vitimas do atentado de Boston, fato também que ocorreu na maratona de Hamburgo, e para cada corredor que finalizou a corrida ,2a£ foram doadas í s ví­timas dos EUA pela Organização da Maratona de Londres.

No caso de Organizadores de eventos, tem que nos alertar para cuidados mais do que extras em mega eventos públicos, onde “loucos” se aproveitam das aglomerações de pessoas para imprimir atos de violência e impacto para chamar atenção para suas crenças e sandices.

No incidente ficou claro que as equipes de apoio de ambulí¢ncia foram fundamentais no resgate e atendimento das vitimas, apesar de estarem lá para pequenos atendimentos de contusões, hidratação entre outros – eles atuaram eficientemente dentro do contexto que se apresentou; acredito que planos de contingência e segurança devem ser o mote de mega eventos públicos. A maratona de Londres, que foi a primeira grande maratona pós Boston, teve 40% a mais de seguranças na sua edição 2013.

A Segurança em Mega Eventos no Brasil

Após o atentado em Boston, gerou-se uma preocupação maior em relação í  segurança dos mega eventos que acontecem aqui no Brasil. Hoje em dia temos uma secretaria para grandes eventos do governo federal (SESGE) e uma divisão antiterrorista para mega eventos, com 1.200 homens especializados.

Para Copa do Mundo o Governo Federal alegar estar investido R$ 2 bilhões nas 12 cidades e que colocará 142.000 policiais nas ruas, e contaremos também 14 bases de comando e controle, 36.000 militares, enquanto na Copa das Confederações serão 3.000 militares nas ruas nas 6 sedes.

Outras ações previstas para estes 2 eventos:

  • Vistoria prévia dos setores dos estádios com equipamentos de raio X
  • Revista efetiva dos torcedores
  • Isolamento de 1.5 km no entorno dos estádios para veí­culos
  • Central de imagens/
  • Zona de exclusão de espaço aéreo perto dos estádios
  • Reforço na vigilí¢ncia das fronteiras /li>
  • Escolta para equipes esportivas

Há ainda a preocupação com a segurança cibernética, de abastecimento de energia e de água e também como ter comando civil e outro militar com colaboração eficiente entre eles.

Bom saber que este í­tens estão sendo pensados, mas previnir incidentes depende de informação, planejamento e treinamento e sinto falta de campanhas institucionais e um cuidado especial em treinar voluntários no assunto segurança. E isso é importante quando falamos da população que atua como “first responder” – como se diz na linguagem anti-terrorismo-, onde cidadãos e funcionários de rua (faxineiros, porteiros, etc) ficam alertas a situações suspeitas e estranhas. Afinal de contas não se conhece o inimigo.

O alerto foi dado e ainda há tempo para atuar com mais eficiência neste quesito. E esperar que estas competições só nos traga alegria.

Tiki Gelana na Maratona de Londres de 2013. Foto de Petr Broz em http://commons.wikimedia.org/wiki/User:Chmee2
Tiki Gelana na Maratona de Londres de 2013. Foto de Petr Broz em http://commons.wikimedia.org/wiki/User:Chmee2
Tiki Gelana na Maratona de Londres de 2013. Foto de Petr Broz em http://commons.wikimedia.org/wiki/User:Chmee2
Tiki Gelana na Maratona de Londres de 2013. Foto de Petr Broz em http://commons.wikimedia.org/wiki/User:Chmee2

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