O Allianz Parque, que agora entra em cena com a apresentação de Paul McCartney nos diasa 25 e 26 de novembro, já pode ser considerado a nova referência em espaço de evento na cidade de São Paulo e – por que não? – no Brasil como um todo. E se você pensa que eu estou dizendo isso por ser palmeirense, está é muito enganado: estou avaliando o potencial deste projeto, quea custou R$ 660 milhões e tem uma localização privilegiada (fica perto do metrí´, de dois shoppings, da Marginal e do centro da cidade).

A WTorre, responsável pela construção do projeto, tem o direito de explorara o espaço pelos próximos 30 anos. Já o Palmeiras, em contrapartida, tem 100% de bilheteria de jogos e 5% de bilheteria de shows (aumentando os percentuais gradativamente a cada ano), além da reforma + construção de três prédios novos na sede social do clube.

A WTorre quer reverter o investimento com o naming right (estimado em R$ 300 milhões) ea apostando na premissa de que é possí­vel, a partir da infraestrutura criada para a arena,a ser aa primeira opção de megashows em São Paulo. A Allianz, empresa de seguros, tem estádios com
seu nome em cinco paí­ses e sabe o quão interessante é o mercado brasileiro.

Infraestrutura

O projeto foi bem pensado. Os camarins (que costumeiramente são construí­dosa quando o show está em vias de acontecer) já são fixos neste caso; túneis amplos e que comportam grandes carretas foram projetados para diminuir o custo e o tempo necessários para montar o palco no campo; os maiores telões em estádios do Brasil também poderão ser vistos lá, com medidas dea 13,44m x 7,68m e uma área de imagema superior a 103 ma². Além disso, eventos de 15 mil pax poderão ser realizados em um anfiteatro coberto que fica atrás do gol e não avança sobre o campo (ou seja, partidas poderão ser realizadas no dia seguinte ao show). O único dado que não impressiona tanto é a quantidade de carros que o estacionamento comporta: 2 mil em dias normais e 3 mil em dias de evento – muito pouco para um estádio com capacidade para 43 mil e 600 assentos em dias de show e até 55 mil pax.a Esperemos que isso sirva de estã­mulo para o espectador utilizar transporte público…

Equipe

A equipe que lá trabalha também entende do negócio: a gerente gerala da arena é uma profissional experiente do Canadá, chamada Susan Darrington, que já calculou a vinda dea 250 eventos por ano para a conta fechar. Como ela trabalhou no maior estádio de Seattle e possui uma vasta rede de contatos, Susan entende que a tarefa é árdua, mas não impossí­vel. Já na parte de hospitalidade, aa Gourmet Sports Hospitality (GSH)a será a responsável por atender as 179 unidades dos camarotes e um restaurante panorí¢mico com 400 pax. Em dias de evento, aindaa serão distribuí­dosa 50 pontos de venda da A&B. Oa Burguer King e a Dilletto Sorvetes também confirmaram presença!

Meio ambiente

A questão ambiental também foi considerada, é claro. O a revestimento externo é feito em aço inoxidável, dando não só um ara moderno como servindo ainda de isolante acústico e dissipador de calor. Outra caracterí­stica desse material é a demora para oxidar (vai fazer uma diferença em dias de chuva…). Em relação í  água, 100% da águaa de chuvaa será aproveitada naa lavagem externa e na rega de gramado. Outra curiosidade interessante é que parte do lixo do antigo Parque Antártica foi reutilizado em outras obras.

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Agora só precisamos esperar pela abertura para ver a repercussão. Fico feliz de ver um empreendimento tão moderno! Que venham os jogos, osa shows de artistas como Rolling Stones, Adele e Roberto Carlos, as partidas da NBA e da UFC e espetáculos como Nitro Circus – é o que estão dizendo que vai rolar na agenda de 2015, pelo menos. Será?a Enquanto as informações não saem oficialmente, o jeito é aguardar… ;) Parabéns a todos os envolvidos nesse projeto!

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