Chega o começo de um novo ano e é aquela hora de desenhar o ano que se quer. Os desejos são muitos, mas estes precisam ser balizados pela contextualização do ano anterior. Antes de sairmos reclamando ou vangloriando o que está por vir, vamos analisar o que pode ser nosso 2015 nos eventos.

Iniciando com uma retrospectiva de 2014, que, para o setor de eventos foia um ano meio “congelado” pela Copa do Mundo e as Eleições. As manifestaçõesa e escí¢ndalos que acabaram intimidando muitas ações de marcas e investidores nos mercados e, por consequência, nos eventos.

Logo Copa do Mundo 2014 no Brasil ( reprodução)
Logo Copa do Mundo 2014 no Brasil ( reprodução)

No caso da Copa do Mundo, os investimentos de patrocinadores oficiais foram canalizadas em ações de hospitalidade e outras marcas investiram mais em promoções e pouco em outros eventos relacionados, a até por conta de limitações impostas pela FIFA. Porém, a Copa mostrou ao mundo que somos capazes de Mega Eventos. Não pora Deus sera brasileiro e sim porque aprendemos, nos esforçamos e desempenhamos efetivamente no nosso setor.

Em 2014 também recemosa grandes turnês, jogos da NBA, campeonatos mundiais, ganhamos bidding de congressos importantes, sem falar nas exposições com filas enormes, como as de Salvador Dali, Castelo Rá Tim Bum, Ron Mueck, etc.a Só para citar algumas.

No ambiente corporativo, o mais afetado em 2014, tivemos poucas convenções, lançamentos de produtos, premiações, festas. As feiras de negócios foram as que mais se equilibraram e em geral nosso setor de Eventos demonstrou números interessantã­ssimos,: apesar de termos caí­do para nono lugar no ranking da ICCA (ranking dos paí­ses que mais organizam eventos internacionais) e nosso setor vem crescendo 14% ao ano segundo o II Dimensionamento Econí´mico que foi feito após 10 anos da primeira versão.a Ea hoje, o setor do MICE brasileiro contribui 4,32% do nosso PIB.

Fechando o ano tivemos, o mercadoa se discutindo e se aperfeiçoando com a volta do Congresso Brasileiro de Eventos – resgatado primorosamente pela ABEOC, e o LAMEC – Latin American Meeting & Event Conference ,numa empreitada do capí­tulo brasileiro do MPI (que tive a honra de fazer parte), bem como da coragem do pessoal do MCI ao estruturar um evento completamente inovador, com o conceito real de meeting design que trouxe temas atuais do nosso setor.

O cenário para 2015 começa quente no í¢mbito artã­stico,a pois já em Janeiro temos David Guetta, FooFigthers, e nos meses subsequentes o Lollapalooza e Rock in Rio – com seu sucesso já estabelecido – e a expectativa de Tomorrowland aportando pela primeira vez num paí­s latino e oMonsters of Rock comemorando a maioridade de 21 anos no paí­s. Além de mega-produções no teatro como Noviças Rebeldes, Mudança de Hábito, Chacrinha e Chatã´.

Tomorrowland no Brasil (foto: reprodução)
Tomorrowland no Brasil (foto: reprodução)

As arenas multiuso como as que foram construí­das oua reformadas em 2014 levantam um desafio em 2015,]:a traçar um plano de ocupação de seus espaços e uma grade de eventos dos mais diversos tipos, para auxiliar a rotatividade, quea vai gerar uma concorrência acirrada entre os espaços.

Outros novos espaços em São Paulo, como o Verona (com teatro, estacionamento, praça de food truck em plena marginal) e o Teatro Santander (no antigo espaço da Daslu, com capacidade de 1700 pax e a mais alta tecnologia para espetáculos e musicais com investimento de R$ 100 milhões) prometem agitar a cena artã­stico-cultural.

Croqui Teatro Santander (foto: reprodução)
Croqui Teatro Santander (foto: reprodução)

Na área esportiva, devemos receber muitos campeonatos-testes paraa a Olimpí­ada de 2016. Não somente no Rio de Janeiro, mas por todo o Brasil, pois é preciso exercitar e treinar equipamentos, profissionais, arbitragem entre outros. E em esporte também já temosa confirmados Jogo das Estrelas-NBA, Brasil e Rio Open, etc.

Ainda em esportes, fora do Brasil,a o Canadá receberáa a Copa do Mundo feminina e os Jogos Pan e ParaPanamericanos em Toronto, ea diversos outros paí­ses sediando mundiais de diversas modalidades como judí´, ginástica artã­stica, Handebol e esportes aquáticos. Boa oportunidade para oa marketing esportivo se estabelecer.

Para 2015 também temos previtas 2222 feiras de negócios, e esse ambiente de negócios é o mais propí­cio para o “face to face”a das vendas, talvez o que ocorra não seja grandes stands, mas as empresas irão com certeza participar para estabelecer o giro de vendas. Destaque para a Expo Milão, na Itália, que espera receber 20 milhões de pessoas em 6 meses, com 144 paí­ses expondo e discutindo o tema: “Alimentando o Planeta, energia para a vida”.

Nos outros eventos corporativos como convenções, treinamentos, lançamentos, patrocí­nios, creio que o ritmo voltará ao normal. E como as agências de eventos não realizaram muitas ações em 2014 estarão “desesperadas” para ganhar o cliente e concorrências com muitos fornecedores e disputa de custos serão comuns.a Espero que o esforço iniciado em 2014 pela AMPRO e o site Tempos e Movimentos sobrea í‰tica no Livemarketing balize as prática , porque a conquista pelo cliente será acirrada.

Então, com estaa reflexão de fatos de 2014 e indicações de como 2015 poderá ser, espero lhe ajudar a avaliar corretamente as perspectivas e alinhe seu novo ano para realizar asa suas intenções.a Nós do Dica Evento estamos aqui arquitetando novidades e estratégias para o sucesso desse próximo ano e torcendo por todos vocês que também são apaixonados por essa área desafiadora e instigante.

Bons E-ventos (desculpem o trocadilho) soprem em 2015 !!!!

Libia Macedo

Infográfico Eventos no Brasil (fonte: SEBRAE)
Infográfico Eventos no Brasil (fonte: SEBRAE)

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